O mito da bruxa e o feminismo

#Explicando o mito, a simbologia da bruxa e o resgate pelo feminismo 

História, literatura, cinema, religião.
Até não muito tempo atrás, todas as nossas referências de bruxas eram terríveis.
Hoje, resgatamos a simbologia das bruxas para falar sobre feminismo.

o mito da bruxa

A bruxa era uma mulher velha e feia que odiava mocinhas indefesas.

Era uma mulher ambiciosa,  perigosa e invejosa.

A bruxa morreria sozinha e transbordava maldade.

Na história, mulheres foram perseguidas e queimadas como bruxas por: 

– seu conhecimento;
– negar o casamento ou a maternidade; 
– querer viver entre outras mulheres;
– sua sexualidade; 
– sua aparência; 
– possuir alguma deficiência física; 
– qualquer acesso a riqueza, educação ou poder; 
– questionar a Igreja, o “homem da casa” ou o poder patriarcal. 

Há muito a se dizer sobre o mito da bruxa. 

Mas, em resumo, a relação entre as bruxas e a rebeldia é inquestionável. As bruxas eram mulheres que não cabiam no lugar reservado às mulheres na sociedade. 

A simples reunião entre mulheres poderia ser vista como bruxaria. O desejo de ser livre ou buscar conhecimento, também. 

Nos dias de hoje, as bruxas são mulheres que querem ser livres, questionam e se rebelam. 

São mulheres que querem mudar o mundo.
Contestam os papeis de gênero, reimaginam a solidariedade feminina e acreditam no poder libertário da educação.

As bruxas simbolizam as mulheres que enfrentam o fogo e são perseguidas por serem quem são e pelo que acreditam. 

Quando entendemos o ódio às bruxas e sua vilanização milenar, entendemos também a sua conexão profunda com o feminismo. 

A propaganda antifeminista lembra bastante a propaganda da caça às bruxas: 

“São feias e morrerão sozinhas”
“Odeiam homens, o casamento e crianças”
“Usam o conhecimento para o mal”
“Têm inveja de mulheres que atendem aos interesses do patriarcado” 
“São rebeldes, perigosas, demoníacas” 
“São sexualmente depravadas” 
“Não respeitam a moral e os bons costumes” 

União, conhecimento, emancipação e coragem femininas incomodam. 

A perseguição mudou de nome e forma, mas continua. Misoginia, violência, injustiça, conservadorismo e o fantasma da feminilidade ideal ainda oprimem mulheres. 

essa é uma carta às novas bruxas.

Às feministas, rebeldes, hereges, pioneiras.

Às mulheres que querem – e vão – mudar o mundo. Mal posso esperar para ver as mudanças que criaremos juntas!






E aí, já tinha pensado no mito da bruxa e sua relação com o feminismo? Se identificou com as bruxas dos dias de hoje? Me conte nos comentários!

Compartilhe o post e mande para suas amigas que também são ou irão se tornar mulheres livres! Aqui, todas são bem-vindas. 🧙‍♀️

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27 anos, nordestina em SP, publicitária graduada e pós graduada pela USP, escritora e apaixonadíssima por moda, cinema, viajar e sorvete. Fico entediada bem rapidinho com as coisas, então, costumo fazer várias ao mesmo tempo. Vivo à procura de encanto.

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