Neutralidade do corpo – chegou a hora de falar sobre ela!

O corpo feminino é visto como público.

Mulheres são assediadas, julgadas e punidas por seus corpos e escolhas individuais nos contextos mais bizarros.

Todos os dias. Nos jornais, filmes, seriados, comentários, instagrams de fofoca.

só nesse ano de 2021…

– A seleção de handebol de praia norueguesa foi multada por querer jogar de shorts, como os homens.
Tatá Werneck foi elogiada e criticada por emagrecer com o luto.
Camila Cabello virou notícia várias vezes por seu corpo.
– Bárbara e Rebecca, atletas olímpicas, tiveram o peso criticado ao vivo.
Marília Mendonça, cantora de sucesso e vítima fatal de um trágico acidente aéreo, foi alvo de comentários insistentes sobre seu peso e corpo.

O que é neutralidade do corpo?

É entender que autoestima, valor social, competência, amabilidade: nada disso deveria depender de aparência, embora tenhamos aprendido assim.

Porque nós somos muito mais do que corpos.
Somos criatividade, mente, sonhos, personalidade, opiniões e relações que construímos.

Neutralidade corporal e feminismo têm a ver?

A pergunta pede um novo conteúdo, mas vou resumir.

Homens já vivem, até um limite, a neutralidade do corpo.

Mulheres têm seus corpos postos à prova em todas as situações das Olimpíadas à campanha eleitoral.

Para os homens, o corpo já é *só uma parte* do que são.

Envelhecimento e gordura são constantemente vistos como “charme”.

Homens gordos são mais contratados que mulheres gordas, que são lidas como gordas com um IMC bem menor.

Pela neutralidade do corpo

Não seja a pessoa que…

Critica corpos alheios, sem que a *crítica construtiva* seja solicitada.
Julga competência feminina por peso, pele, cabelo.
Reforça a pressão estética que sufoca mulheres diariamente.
Ameaça mulheres com “solidão” se elas não mudarem algo na aparência.
Monitora as escolhas pessoais de uma mulher, como depilação, alimentação, corte de cabelo.
Condiciona o sucesso feminino à magreza e à juventude.

Reflexões sobre a neutralidade corporal

1. Corpos femininos não são públicos. Nem o seu, nem os de outras mulheres.
2. O corpo muda com o tempo. Não entender isso é estar sempre
em falta, em comparação com outras mulheres e até com a você
do passado.

3. Mulheres são muito mais que seus corpos. São mente, sonhos, ideias, personalidade…
4. A aparência de uma mulher não comprova sua inteligência ou incompetência.



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27 anos, nordestina em SP, publicitária graduada e pós graduada pela USP, escritora e apaixonadíssima por moda, cinema, viajar e sorvete. Fico entediada bem rapidinho com as coisas, então, costumo fazer várias ao mesmo tempo. Vivo à procura de encanto.

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