No episódio de hoje, Clara Fagundes conversa com Polly Oliveira sobre ser uma mulher que levanta outras mulheres!
O Olá, bruxas! está de volta, como sempre com mulheres incríveis e dessa vez falando sobre Criadoras, mulheres que estão construindo futuros possíveis.
Nessa temporada do Olá Bruxas vamos conversar com mulheres inspiradoras, mulheres que estão criando o futuros melhores para outras, das mais diferentes formas.
Quando a gente pensa nessas inspirações, geralmente ficamos ali no que parece perfeito, no que parece externo, no que parece forte. Mas e todas as outras complexidades?
Leia mais: Mulheres que levantam mulheres, com Polly OliveiraEu sou Clara Fagundes, futurologista, comunicóloga, e esse é o meu podcast Olá, bruxas.
11# Mulheres que levantam mulheres, com Polly Oliveira
Clara Fagundes – Falamos muito sobre mulheres e suas histórias de inspiração. Mas e quanto aos erros, os tropeços, os caminhos que essas mulheres percorreram para chegar onde estão? É sobre isso que vamos conversar, com Polly Oliveira.
Clara – Polly, seja bem vinda. Você é a a segunda convidada da terceira Temporada, que tem como tema Criadoras – ou seja, mulheres – que estão criando futuros melhores para outras mulheres. Então se você está aqui hoje é porque eu te admiro muito, e tô muito feliz de você estar aqui! Eu queria que você se apresentasse para as bruxas, contasse um pouco do que você tem feito, o que você faz, como você transforma a vida de outras mulheres.
Polly Oliveira – Trabalho na internet há pouco mais de seis anos, incentivando mulheres a não desistirem seus sonhos, a escutar as suas intuições, ajudando principalmente mulheres em situação de vulnerabilidade. Eu acho que quando a gente se escuta, a gente acaba se abraçando, se apoiando, esse é o meu trabalho na internet. Também não só falar, mas ouvir as pessoas, especialmente as mulheres maravilhosas.
Clara – Uma das ideias que eu tive assim que decidi fazer essa essa temporada foi de trazer mulheres que eu considero e que muita gente considera inspiradoras. E, além disso, trazer também o outro lado, né – o lado que fica por trás da mulher forte, das vitórias, do que tá perfeito ali nas redes sociais… Eu acho que você traz essa vulnerabilidade muito forte já no seu conteúdo, e eu queria saber de erros, de perrengues, das coisas que você olha para trás e fala hoje “Polly do passado, você poderia ter feito outra coisa, poderia ter passado por outra experiência ali”… Enfim, as coisas que te levaram também a ser a mulher que você é hoje.
Polly – Quando você fala isso de olhar passado, me remete a uma coisa que significativamente é uma coisa muito ruim, mas que me transformou na mulher que eu sou hoje. Fica até um pouco confuso quando eu afirmo que ter passado por um relacionamento abusivo me deixou uma mulher muito forte. Fui obrigada a ser forte, mas eu poderia ter sido muito forte se não tivesse passado por ele também, né. Mas quando eu olho para trás eu penso “por que que você caiu?”. Estou mais desperta, hoje para mim é tudo tão óbvio, todos os sinais que vieram acontecendo no decorrer desse relacionamento, que eu não entendo como aquela porta do passado caiu naquilo. Por outro lado, o que é mais assustador, é esse peso de culpa. Eu tenho meus dois filhos que são desse relacionamento e eu me sinto culpada de falar que eu não gostaria de ter passado, porque se eu falar isso é como se eu não pudesse ter eles, entende? Então olha só como é aterrorizante a gente olhar para o passado e não gostado, mas ao mesmo tempo tem coisas boas dentro das coisas ruins. E essas coisas ruins e boas me transformaram na mulher que eu sou hoje, muito forte, muito atenta, muito intuitiva e eu acho que é isso que falta para muitas mulheres: Ouvir a sua intuição. A gente tem isso nas nossas entranhas, mas a gente insiste em achar que são vozes da nossa cabeça. Eu sempre fui muito intuitiva, muito mesmo, mas poucas vezes eu ouvia a minha intuição, e todas as vezes que eu não ouvi eu passei por situações muito perigosas, eu fiquei muito vulnerável, eu fui atingida diretamente.
Clara – Primeiro eu queria super abraçar a Polly do passado, porque é muito muito mais fácil quando a gente vê hoje, né? Hoje a gente sabe as coisas, a gente fica “nossa aquilo ali era um sinal, aquilo ali era outro sinal”. No episódio passado, quando eu tava falando com Ana [Prado], eu falei que hoje em dia eu não tenho medo de ser louca. Antes eu tinha medo de ser louca, porque às vezes essa intuição avisa, do tipo “olha isso aqui, cara”. Pode ser que parece que você é louca, pode ser que não tenha nada racional ali justificando. Por exemplo: “Eu quero ir embora, quero ir para minha casa, não vou entrar no carro, não vou”, e hoje em dia eu super sou uma louca assumida. Não preciso de um fato ali, “eu quero ir para casa por isso e isso”. Eu quero ir para casa porque tem alguma coisa me dizendo, a louca dentro de mim tá me dizendo “vai embora”. Então eu super me identifico com isso de saber que a intuição avisa. Essa vozinha que tá ali, está por algum motivo, e às vezes é até uma ancestralidade, por todas as experiências que passaram pela sua família, todos as experiências que você já teve em outros momentos dizendo “olha, ali tem um padrão”, “tem um padrão aqui”. Então eu super super me identifico com esse conselho, acho importante muitas mulheres ouvirem isso. Porque eu também sei que se voltasse para o passado, diria isso para a Clara de 20, para Clara de 15 anos: Ouça a vozinha que você acha que vai te fazer parecer louca.
Continua…
Escute todo o episódio #11 Mulheres que levantam mulheres com Polly Oliveira
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