Mentiras para desaprender sobre mulheres

Qual dessas mentiras você acha mais urgente de ser desmascarada?



Mulheres não são boas líderes


“Só recebeu esse cargo porque é filha/esposa/namorada/amante do chefe.”
“Ela é muito emotiva para fazer decisões sérias. Não é uma boa CEO.”

O sucesso de mulheres sempre é mais questionado do que o de homens.

ISSO É SEXISTA E NÃO DEVERIA SER ASSIM.


Quer mais razões?

Ações de empresas com lideranças femininas tendem a aumentar em 20%* em menos de 2 anos após a nomeação de mulheres pro cargo.

Empresas com mulheres na liderança são mais abertas à inovação* e ao desenvolvimento da cultura organizacional.

*análise da S&P Global, ano 2020.



Mulher não serve para certos trabalhos

“Engenheira? Programadora? Cientista? Não deve ser tão boa assim.”


Mesmo quando mais instruída e capacitada, a mulher sempre tem seu trabalho colocado
à prova
quando ocupa espaços majoritariamente masculinos.

O patriarcado insiste em tentar limitar as oportunidades e os desejos das mulheres, por isso incentivar, contratar e indicar umas às outras é fundamental.



Toda mulher quer casar e ser mãe


Mulheres são diferentes entre si.

São complexas e têm origens, sonhos e desejos distintos. Não dá para resumir todas a um único destino ou realidade.

Há mulheres que querem casar, ser mães, os dois – e tem quem não queira nada disso.

TODOS OS CAMINHOS SÃO ESCOLHAS VÁLIDAS.

Além disso, a ideia de que mulheres devem ser as principais responsáveis por filhos, lar e manutenção do casamento não surgiu do nada.

Ocupar majoritariamente as mulheres com o trabalho doméstico, isolado e não remunerado, é uma estratégia política para que sigam exaustas, dependentes e alheias aos interesses coletivos.



Mulheres não trabalham bem juntas


“Nossa, um time só de mulheres? Credo, deve ter muita picuinha, falsidade…”
“Prefiro trabalhar com homens, são menos sentimentais e mais práticos.”


O QUE HÁ POR TRÁS DESSA MENTIRA?

Machismo e rivalidade feminina, claro.

› A quem interessa a desunião de mulheres no ambiente profissional?
› A ideia de que mulheres na liderança só prejudicarão outras?
› Ou que profissionais extraordinárias são rivais, e não inspirações?


Mulheres, juntas podemos transformar o mercado de trabalho. Contratando outras, exigindo direitos e ocupando espaços que hoje estão reservados a uma maioria esmagadora de homens brancos.


Mulher tem que ser boazinha


A educação feminina, nos ensina, desde a infância, a sermos dóceis, dizer sim e não incomodar. Além disso, só mulheres boazinhas, fofas e submissas são dignas de serem amadas. Mas tudo isso – surpresa! – é mentira.

Tá tudo bem sustentar o climão, cortar a grosseria, impor limites, discordar da ignorância, falar o que te incomoda, mesmo que pra isso você saia de “ruim”.

SÃO REAÇÕES LEGÍTIMAS E QUE JÁ DEVERIAM TER SIDO NORMALIZADAS FAZ TEMPO.



A culpa é da mulher

Por ser “a louca” do relacionamento;
Pelo assédio;
Por ter “escolhido” um pai ausente;
Pelo machismo do filho…


Culpar a mulher por violências que ela mesma sofre é bom demais… pros homens.

Dessa forma, eles nunca serão plenamente responsabilizados por suas ações.

E mesmo assim várias mulheres fazem isso todos os dias, sem perceber que elas
mesmas se prejudicam ao reforçar a culpabilização feminina.



Tá irritada? Triste? Quieta? É TPM!


Sim, é sexismo culpar a TPM quando uma mulher está irritada, triste ou se posicionando assertivamente.

Ninguém tenta arranjar uma desculpa hormonal para diminuir o que homens estão falando ou sentindo – vamos parar de fazer isso com mulheres?

TPM é algo que algumas mulheres têm, sim. Mas atribuir a ela os sentimentos e argumentos femininos é condescendente e silenciador.



Mulher “de verdade”


Mulher de verdade usa roupas discretas;
Mulher de verdade se dá ao respeito;
Mulher de verdade não briga com o marido;
Mulher de verdade é pra casar.


A MULHER “DE VERDADE” NÃO EXISTE.


Porque toda mulher é mulher de verdade, não só aquela que cumpre uma cartilha de atitudes, personalidades, falas e sonhos “certos”.







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27 anos, nordestina em SP, publicitária graduada e pós graduada pela USP, escritora e apaixonadíssima por moda, cinema, viajar e sorvete. Fico entediada bem rapidinho com as coisas, então, costumo fazer várias ao mesmo tempo. Vivo à procura de encanto.

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