As 5 inspirações mais curiosas dos Beatles

As histórias que originaram as músicas mais amadas do mundo normalmente são imaginadas como algo surreal – ou no mínimo inusitadas. Mas em se tratando de Paul McCartney e John Lennon, elas ganham um quê de curioso. Afinal, o que dizer se a excelente All My Loving surgiu de uma barbeada despretensiosa do Paul McCartney. As histórias foram tiradas dos livros sobre as canções de Steve Turner, o histórico Can’t Buy me Love, de Jonathan Gould e uma querida coleção de Rolling Stones. Boa leitura.


1-Lovely Rita

A minha impressão sobre Paul e John sempre foi que as músicas vinham quase como um tropeço. Qualquer coisa parece inspirar, é impressionante. Lovely Rita é um bom exemplo. Certo dia um amigo de Paul foi visitá-lo e comentou sobre uma novidade da época na terra da rainha: policiais de trânsito femininas, conhecidas como Meter Maids. A expressão encantou Paul, que quando chegou em casa brincou com a aliteração, formando “Lovely Rita Meter Maid”. A partir daí, surgiu a música sobre um cara dando em cima de uma oficial de trânsito.

2- Getting Better

Outro exemplo de como às vezes as músicas surgem através de tropeços: Getting Better. Um dia, Hunter Davies, o esquisito, andava com Paul e sua cachorra no início da primavera, quando o beatle disse que o tempo estava melhorando e logo após deu uma risada. Hunter perguntou a razão e Paul disse que lembrou-se de algo.

Disse que, certa vez em 1964, Ringo adoeceu e o baterista Jimmy Nicol, dos Blue Flames, o estava substituindo. Após parte da turnê, a banda pagou o cachê do baterista substituto e deu de presente ao Jimmy um relógio de ouro. Rabugento, quando perguntado sobre como ele estava, respondeu que estava melhorando. Bastou essa memória para desencadear o processo criativo de “Getting Better”, música que foi terminada por John.

3- Doctor Robert

Na Nova York dos Beatles, havia um médico meio charlatão que injetava remédios misteriosos, prometendo a cura que você quiser para a dor que achar que tem. Algo como um “Dr. Paulo Coelho, homeopata”. Enfim, um dos clientes do doutor era John Lennon, que escreveu a música e percebeu que as vitaminas eram na verdade uma singela dose anfetaminas, droga prescrita como antidepressiva então. Um paciente da época dizia o seguinte: “Se você quiser ter uma noitada é só passar no Dr. Max, depois no Dr. Robert e terminar no Dr. Bishop. Era como ir de bar em bar”. Posteriormente, o doutor perdeu sua licença e declarou ao New York Times que os viciados mataram uma droga boa. Os anos 60…

4- Hello Goodbye

Alistair Taylor era assistente de Brian Epstein. Certa vez ela perguntou a Paul como ele escrevia suas músicas. Paul levou-a a um piano e disse para que tudo que ele cantasse, ela falasse o oposto. Daí nasceu I say Yes, you say no. You say stop, and I say go, go, go.

E simples assim, com uma dose de exibicionismo para a assistente, surgiu a canção. Taylor depois, contando esta história disse que “Você precisa lembrar que as melodias eram tão comuns em torno dos Beatles quanto os insetos na primavera”.

5- All My Loving

O nome da mulher é Jane Asher, adolescente mais conhecida da Inglaterra na época, então com 17 anos e futura namorada de Paul. Ela é a moça que aparece em um artigo de época dizendo que “por eles sim vale a pena gritar”. Eles passaram a morar juntos e, enquanto se barbeava, Paul criou a letra sobre a saudade que tinha de Jane quando saia em turnê. Conta o Beatle que imaginou a música como um country, mas que no fim do dia, desistiu e nos deu a música como a conhecemos hoje.

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27 anos, nordestina em SP, publicitária graduada e pós graduada pela USP, escritora e apaixonadíssima por moda, cinema, viajar e sorvete. Fico entediada bem rapidinho com as coisas, então, costumo fazer várias ao mesmo tempo. Vivo à procura de encanto.

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