O Creators Boost é um programa de aceleração de criadores de conteúdo realizado pelo Youpix. Como disse ontem, estou participando da edição de 2020. Tive vontade de compartilhar meus 5 principais aprendizados do Creators Boost 2020 porque quando pesquisei sobre a imersão, antes de participar, encontrei pouquíssimos conteúdos. Bom, vamos à minha curadoria de insights do dia 2!
5 aprendizados do Creators Boost 2020 – dia 2!
1. Mais uma vez: mimo não paga boleto. Precificar corretamente evita uberização do mercado. A partir de hoje, eu e a minha casa serviremos a Passa, da Brunch Agency. Ela disponibilizou uma planilha para precificação de conteúdo, jogou no lixo a continha “número de seguidores X R$0,01”, mostrou por a + b + c que criadores não podem trabalhar por permuta. Mimo é massa, mas não é dinheiro e não paga boleto.
2. Não faça conteúdo sobre o que você acha que vende. Toda a fala de Leandro Ramos poderia entrar no meu top 5. Escolhi essa e a próxima porque ele explicou incômodos meus. Deixar de fazer conteúdo sobre o que “vende” para fazer o que você gostaria de consumir ou sente falta: um aprendizado que mudaria 80% dos conteúdos atuais. E também: faça conteúdo sobre o que você entende, não tente reproduzir sucessos que já foram feitos. Exemplo: “uma série tipo uma Breaking Bad brasileira.” Pra quê? Já existe e a versão, certamente, será pior.
3. Não crie conteúdo para um público-alvo. Fazer um conteúdo focado em um público e não em algo tão bom que você mesmo consumiria leva a erros, inclusive, carregados de preconceitos. Conteúdos de qualidade impactam pessoas interessadas por aquele tema/formato. Quem lê sobre Alta Costura é sempre uma mulher branca da alta sociedade? Só adolescente curte K-pop? O conceito é quase uma religião para mim, como pesquisadora. Foi maravilhoso ouvir alguém aplicar ao conteúdo, até por ser algo um tanto “polêmico”, entre tantos especialistas e embaixadores da ” definição de personas” para planejamento de conteúdo.
4. Diversificar é ter autonomia de poder mandar à merda. Quando a renda do criador não vem apenas de publicidade, ele tem muito mais autonomia de dizer não a quem quiser. Além disso, a diversificação evita que ele “quebre” como empresa. O Mamilos Podcast, hoje, tem quatro pilares de monetização: Catarse (doações da audiência), produção de conteúdo para marcas, palestras e publicidade.
5. Criativo: curioso + invejoso. E o mini textão do dia vai para esse aprendizado, que coloco aqui com ressalvas. O conceito apresentado por Steve é, basicamente, que a inveja, aquela sensação de “como não pensei nisso antes?” é fundamental para a criatividade. A junção do “e se…” e do “como?”. A sensação não significa, necessariamente, que a pessoa quer se apropriar do que o outro tem ou faz. Ela pode levar a um desejo real de ser melhor. De experimentar. De fazer algo novo. Provavelmente, não usaria a palavra inveja, mas concordo bastante com a importância das referências e de se cercar de gente criativa e potente. No entanto, discordo da ideia de “roube como um artista”. E mesmo do processo de cópia > adaptação > criação, se não vier com créditos. Fiz uma análise sobre cópia X inspiração esta semana, então não vou me demorar (mais) nesse assunto.
O que acharam dos meus aprendizados do Creators Boost? Fazem sentido para vocês também?